Daily Zohar 4788
Tradução para Hebraico:
167. וּמִשּׁוּם כָּךְ אָדָם שֶׁגּוֹרֵם לְאוֹתוֹ הַצַּד לִגְדֹּל בָּעוֹלָם נִקְרָא רַע, וְלֹא רוֹאֶה פְּנֵי שְׁכִינָה לְעוֹלָמִים, שֶׁכָּתוּב (תהלים ה) לֹא יְגֻרְךָ רָע. הָאִישׁ הַזֶּה שֶׁמִּתְגַּלְגֵּל בְּגִלְגּוּל, אִם עָבַר וְנִדְבַּק בְּאוֹתוֹ אֵל אַחֵר שֶׁלֹּא עוֹשֶׂה פֵרוֹת וְלֹא מִתְרַבֶּה בָּעוֹלָם, מִשּׁוּם כָּךְ נִקְרָא אַחֵר, וְהַשֵּׁם גּוֹרֵם לוֹ. הוּא הוּא, וְאַחֵר נִקְרָא, אַחֵר וַדַּאי.
168. אַחֲרוֹן – מֵרִאשׁוֹן וְאֵילָךְ אַחֲרוֹן קוֹרְאִים לוֹ, וְאַחֲרוֹן נִקְרָא. שֵׁנִי הוּא, וּמִיָּד נִקְרָא אַחֲרוֹן, וְכָךְ קוֹרֵא לוֹ הַקָּדוֹשׁ בָּרוּךְ הוּא אַחֲרוֹן, מִשּׁוּם שֶׁנִּתְקָן לִהְיוֹת אַחֲרוֹן וְלֹא יָשׁוּב כְּמִקֹּדֶם. הַשְּׁלִישִׁי אַף כָּךְ. וְכֵן בְּכָל הַפְּעָמִים מֵהָרִאשׁוֹן וְאֵילָךְ, כָּךְ נִקְרָא אַחֲרוֹן, וְכֵן צָרִיךְ לִקְרֹא אַחֲרוֹן, שֶׁאִלְמָלֵא נִקְרָא מִיָּד שֵׁנִי, הֲרֵי יֵשׁ פִּתְחוֹן פֶּה לַחֲזֹר כְּמִקֹּדֶם, וְאוֹתוֹ בִּנְיָן נֶהֱרַס.
Comentário de: Zion Nefesh:
Postado por Zion Nefesh | 20 de fevereiro de 2025 | Tradução: Jorge Ramos.
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Zohar Mishpatim
Continuação do ZD anterior.
#166
Venha e veja: Está escrito: “וְנָהָר יֹצֵא מֵעֵדֶן לְהַשְׁקוֹת אֶת הַגָּן” “E saía um rio do Éden para regar o jardim” (Gênesis 2:10). Isso se refere ao Zeir Anpin (Z “A), que rega Malchut, chamado de “o jardim”. Esse rio nunca deixa de fluir, trazendo constantemente abundância, multiplicação e produção de frutos. Mas um deus estrangeiro (אֵל אַחֵר, El Acher) é castrado, não tendo desejo algum. Ele não gera descendência nem produz frutos, pois, se o fizesse, corromperia o mundo inteiro.
Observações:
O fluxo divino de Zeir Anpin para Malchut sustenta a criação com abundância contínua. Em contraste, as forças de impureza (El Acher) são estéreis e incapazes de produzir vida. Esse ensinamento destaca que todo crescimento verdadeiro e sustento espiritual vêm da santidade, enquanto as forças profanas, embora existam, não têm o poder da verdadeira criação e são, em última análise, autodestrutivas.
#167
E, por causa disso, uma pessoa que faz com que esse outro lado (Sitra Achra) se espalhe no mundo é chamada de má (רע). Ela nunca contemplará a Shechinah, como está escrito: “לֹא יְגֻרְךָ רָע” “O mal não habitará com você” (Salmos 5:5). Uma pessoa que reencarna – se em sua vida anterior, ela se apegou a esse deus estrangeiro (El Acher), que não produz descendência nem aumenta no mundo – por causa disso, ela é chamada de Acher (outro). E foi o nome da Sitra Achra que o levou a ter esse nome. Embora seja a mesma alma, reencarnada do falecido, ele agora é chamado de Acher, assim como a Sitra Achra, é verdadeiramente Acher.
Observações:
Uma pessoa que fortalece as forças da impureza torna-se espiritualmente exilada e fica distante da Presença de Hashm. Se ela reencarnar, a sua alma será chamada de Acher, refletindo o seu afastamento da santidade. Esse nome significa tanto a perda da identidade espiritual quanto as profundas consequências de se afastar da verdade divina.
#168
Ele é chamado de Acharon (o último) porque, da primeira encarnação em diante, ele é sempre chamado de Acharon. Ele é chamado de Acharon na Torá, embora seja, na verdade, a segunda encarnação. Imediatamente, ele é designado como Acharon. E assim, o Santo, Abençoado seja Ele, o chama de Acharon, para que, nessa reencarnação, ele possa completar o seu Tikun e ser realmente o último, nunca mais precisando reencarnar novamente. Mesmo que seja a sua terceira reencarnação, ele ainda é chamado de Acharon, e assim continua – toda vez que uma alma reencarna, da primeira vida em diante, ela é sempre chamada de Acharon.
Portanto, ele deve ser chamado de Acharon porque, se fosse chamado simplesmente de “Sheni” (o segundo), ficaria assim aberta a possibilidade de ele retornar novamente e reencarnar como antes. Isso faria com que a estrutura espiritual atual entrasse em colapso, impedindo a sua retificação final.
Observações:
O termo Acharon (último) é usado na reencarnação não porque seja literalmente a vida final, mas para criar a intenção de que essa seja a última encarnação da alma. Isso evita a continuação de reencarnações desnecessárias e garante que a estrutura espiritual permaneça estável, permitindo que a alma complete a sua retificação e não retorne novamente.