Daily Zohar 4926
Tradução para Hebraico:
289. וּבִזְמַן שֶׁנִּשְׁבְּרוּ שְׁנֵי לוּחוֹת הַתּוֹרָה, וְתוֹרָה שֶׁבְּעַל פֶּה, נֶאֱמַר בָּהֶם וַיִּתְפְּרוּ עֲלֵה תְאֵנָה. הִתְכַּסּוּ בְּכַמָּה קְלִפּוֹת מֵעֵרֶב רַב מִשּׁוּם כִּי עֵירֻמִּם הֵם, שֶׁלֹּא תִתְגַּלֶּה עֶרְוָתָם. וְכִסּוּי שֶׁלָּהֶם כַּנְפֵי צִיצִית וּרְצוּעוֹת הַתְּפִלִּין, עֲלֵיהֶם נֶאֱמַר וַיַּעַשׂ ה’ אֱלֹהִים לְאָדָם וּלְאִשְׁתּוֹ כָּתְנוֹת עוֹר וַיַּלְבִּשֵׁם. אֲבָל לְגַבֵּי צִיצִית – וַיִּתְפְּרוּ עֲלֵה תְאֵנָה וַיַּעֲשׂוּ לָהֶם חֲגֹרֹת. זֶהוּ (תהלים מה) חֲגוֹר חַרְבְּךָ עַל יָרֵךְ גִּבּוֹר, וְזוֹ קְרִיאַת שְׁמַע שֶׁנֶּאֱמַר בָּהּ (שם קמט) רוֹמְמוֹת אֵל בִּגְרוֹנָם. זֶהוּ וַיַּעֲשׂוּ לָהֶם חֲגֹרֹת.
Comentário de: Zion Nefesh:
Postado por Zion Nefesh | 8 de agosto de 2025 | Tradução: Jorge Ramos.
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Zohar Beresheet
Continuação do ZD anterior.
#288
O versículo ‘ וַתִּפָּקַחְנָה עֵינֵי שְׁנֵיהֶם’-‘ E os olhos de ambos se abriram’ (Gênesis 3:7) também faz alusão a Israel. Israel sabia, durante a servidão no Egito, que eles estavam nus (ערומים), o que significa que eles estavam lá sem a Torá. Também é dito a respeito deles no exílio final: ‘וְאַתְּ עֵרֹם וְעֶרְיָה’-‘ E vocês estão nus e despidos’ (Ezequiel 16:7). Isso significa que, por meio da Torá e de seus mandamentos (mitzvot), Israel merece vestes para as suas almas. Quando estavam no exílio do Egito e, da mesma forma, no exílio final sem a Torá, as suas almas estavam necessariamente nuas (ערומים), sem vestimentas. Jó disse, por essa razão, ‘nu’ (עָרוֹם) duas vezes, referindo-se aos dois exilados, como está escrito, ‘עָרוֹם יָצָאתִי מִבֶּטֶן אִמִּי וְעָרוֹם אָשׁוּב שָׁמָּה’-‘Nu saí do ventre de minha mãe, e nu voltarei para lá’ (Jó 1:21). “Nu eu vim” alude ao exílio do Egito, e “nu voltarei para lá” alude ao exílio final. O que estava lá (שָׁמָּה, a Torá) como Moshe (משׁ” ה) tornou-se, aos olhos do erev rav, shama (שׁמּ” ה) e desolação (שנינה). Isso é o que Jó quis dizer com ‘Eu voltarei shama (para lá)’ , e alude aqui ao fato de que Moisés, no exílio final, está destinado a ser transformado entre os erev rav do nome Moshe (משׁ” ה) para shama (שׁמּ” ה), o que significa que ele vai entre eles como shama. Jó disse a respeito disso: ‘יְהוָה נָתַן וַיהוָה לָקָח’-‘Hashem deu, e Hashem tirou’ (Jó 1:21), significando que Ele deu a Torá e a retirou no exílio final, quando ela foi ocultada de Israel. ‘יְהִי שֵׁם יְהוָה מְבֹרָךְ’-‘Que o nome de Hashem seja abençoado’ (Jó 1:21).
Observações:
O versículo “E os olhos de ambos se abriram” (Gênesis 3:7), que originalmente descreve a percepção de Adão e Eva de sua nudez após o pecado da Árvore do Conhecimento, é aplicado a Israel. No exílio do Egito, Israel estava “nu”, ou seja, espiritualmente sem a Torá, que fornece as “vestimentas” para a alma por meio de seus mandamentos (mitzvot).
Essa nudez persiste no exílio final (galuta batra’ah), conforme é mencionado em Ezequiel 16:7: “E você está nu e despido”. A ausência do estudo e da prática da Torá no exílio deixa as almas de Israel desprotegidas, espelhando a vulnerabilidade espiritual causada pela impureza (zuhama) do erev rav, conforme foi discutido nas seções anteriores.
Os dois exílios (Egito e o exílio final) destacam a luta espiritual contínua, resolvida quando os erev rav são removidos e a luz da Torá é totalmente revelada.
#289
E no momento em que as duas tábuas da Torá foram quebradas e a Torá Oral foi ocultada, é dito sobre Israel: ‘וַיִּתְפְּרוּ עֲלֵה תְאֵנָה’-‘ E eles costuraram folhas de figueira’ (Gênesis 3:7). Isso significa que eles se cobriram com várias conchas (klipot) do erev rav, porque ficaram nus por causa da Torá, como foi mencionado acima, e se cobriram para que sua nudez (עֶרְוָה) – os locais de fixação das klipot – não fosse revelada. Sua cobertura são as asas do tzitzit, como está descrito abaixo.
Em relação às tiras do tefilin, é dito, ‘וַיַּעַשׂ ה’ אֱלֹקִים לְאָדָם וּלְאִשְׁתּוֹ כָּתְנוֹת עוֹר וַיַּלְבִּשֵׁם’-‘ E Hashem Elokim fez para Adão e sua esposa roupas de pele e os vestiu” (Gênesis 3:21). Mas com relação ao tzitzit, é dito: ‘וַיִּתְפְּרוּ עֲלֵה תְאֵנָה’-‘ E eles costuraram folhas de figueira’ (Gênesis 3:7). Isso significa que o versículo indica dois tipos de coberturas para ocultar a sua nudez (עֶרְוָה), que lhes chegou por meio da Árvore do Conhecimento: (1) As coberturas que eles mesmos fizeram, que são as folhas de figueira. (2) As coberturas que o Santo, Bendito seja Ele, fez para eles, que são as vestimentas de pele. Portanto, quando os versículos aludem a Israel após a quebra das tábuas, conforme é mencionado acima no Zohar, ele diz que a cobertura de folhas de figueira alude à cobertura das asas do tzitzit, que estão na categoria de implementos de um mandamento. Após o cumprimento do mandamento, eles são descartados, pois não têm santidade inerente. A cobertura de vestimentas de pele faz alusão às tiras do tefilin, que são implementos de santidade (תשמישי קדושה) que são guardados (Geniza, גניזה), pois eles mantêm a santidade mesmo após o cumprimento de seu mandamento, como está escrito (Megillah 26b).
O versículo ‘וַיַּעֲשׂוּ לָהֶם חֲגוֹרֹת’-‘E fizeram para si tangas’ (Gênesis 3:7) refere-se ao que está escrito, ‘חֲגוֹר חַרְבְּךָ עַל-יָרֵךְ גִּבּוֹר’-‘Cinge a tua espada sobre a tua coxa, ó poderoso’ (Salmos 45:4). Essa é a recitação do Shemá (Kriat Shemá). A recitação do Shema é como uma espada contra as forças externas (חצונים), que é cingida na coxa. É dito sobre o Shema,
‘רוֹמְמוֹת אֵל בִּגְרוֹנָם וְחֶרֶב פִּיפִיּוֹת בְּיָדָם’-‘Exaltações de Deus em suas gargantas e uma espada de dois gumes em suas mãos’ (Salmos 149:6), o que significa que o Shemá, recitado com a garganta, é como uma espada. Portanto, o versículo diz o seguinte sobre ele: “E fizeram para si tangas”.
Observações:
Os objetos usados para cumprir mitzvot são tratados com diferentes níveis de santidade, dependendo de seu propósito e santidade inerente, como refletido na passagem do Zohar que traduzimos recentemente. Implementos de uma mitzvá, como tsitsit ou lulav e etrog usados para Sucot, são itens que facilitam o cumprimento de uma mitzvá, mas não possuem santidade inerente quando se tornam inutilizáveis. Por exemplo, uma vestimenta de tsitsit rasgada, que não é mais adequada para a mitzvá devido a danos, pode ser descartada respeitosamente, pois carece de santidade permanente. Esses objetos, comparados às “folhas de figueira” (Gênesis 3:7), são coberturas feitas pelo homem que protegem a alma temporariamente, mas não requerem genizah (sepultamento/armazenamento), a menos que contenham texto sagrado, como as bênçãos que acompanham o tsitsit.
Por outro lado, os tashmishei kedushah (implementos de santidade), como o tefilin e os livros sagrados (por exemplo, rolos da Torá, siddurim ou Chumashim), possuem santidade inerente porque contêm o nome de Deus ou o texto da Torá. Quando ficam desgastados ou danificados, devem ser tratados com reverência e submetidos a genizah, um processo de enterro respeitoso em um depósito designado, geralmente em um cemitério judaico, para evitar a profanação.
O Zohar compara o tefilin às “vestes de pele” feitas por Deus (Gênesis 3:21), enfatizando sua santidade duradoura, que se alinha com seu papel de proteger a alma contra as impurezas espirituais (klipot). O ensinamento do Yenuka, um grande tzadik, de que uma pessoa deve ser enterrada após a morte porque realizou mitzvot, reflete um conceito paralelo: Assim como o tefilin e os livros sagrados são “enterrados” devido à sua santidade, o corpo de uma pessoa, que serviu de recipiente para mitzvot durante a vida, é tratado com reverência semelhante por meio do enterro, garantindo que seu legado espiritual seja honrado em alinhamento com o propósito divino de retificar Malchut e superar a influência do erev rav, conforme é discutido no Zohar.
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