Daily Zohar 4680
Tradução para Hebraico:
297. רַבִּי שִׁמְעוֹן פָּתַח, (שמות יב) זֹאת חֻקַּת הַפָּסַח כָּל בֶּן נֵכָר לֹא יֹאכַל בּוֹ, וְכָתוּב וְכָל עֶבֶד אִישׁ וְגוֹ’, וְכָתוּב תּוֹשָׁב וְשָׂכִיר לֹא יֹאכַל בּוֹ. וּמַה פֶּסַח שֶׁהוּא בָּשָׂר לְמַאֲכָל, עַל שֶׁנִּרְמָז בְּדָבָר קָדוֹשׁ אָסוּר לְכָל אֵלֶּה לֶאֱכֹל בּוֹ וְלָתֵת לָהֶם לֶאֱכֹל עַד שֶׁיִּמּוֹלוּ – הַתּוֹרָה שֶׁהִיא קֹדֶשׁ קָדָשִׁים (שֶׁל קָדָשִׁים), הַשֵּׁם הָעֶלְיוֹן שֶׁל הַקָּדוֹשׁ בָּרוּךְ הוּא, עַל אַחַת כַּמָּה וְכַמָּה.
Comentário de: Zion Nefesh:
Postado por Zion Nefesh | 13 de outubro de 2024 | Tradução: Jorge Ramos.
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Zohar Acharei Mot
Continuação do ZD anterior.
#296
E, por causa disso, todos aqueles que não estão marcados com o sinal sagrado (ברית מילה) em sua carne, ou seja, aqueles que não são circuncidados, não pertencem a Ele, o Santo, Abençoado seja Ele, e reconhece-se que todos eles vêm do lado da impureza. É proibido unir-se a eles ou falar com eles sobre os assuntos do Santo, Abençoado seja Ele, e não é permitido ensinar-lhes palavras da Torá. Isso se deve ao fato de que a Torá é inteiramente o Nome do Santo, Abençoado seja Ele, e cada letra da Torá está conectada ao santo Nome. Portanto, qualquer pessoa que não esteja marcada com o santo Nome em sua carne não deve receber as palavras da Torá. Ainda mais, é proibido envolver-se com eles no estudo da Torá.
Observações:
A passagem reflete a profunda reverência pela Torá e pelo Nome de Hashem. Ela mantém um limite claro em torno da transmissão do conhecimento divino, reservando-o apenas para aqueles que entraram na aliança sagrada por meio da circuncisão. Isso protege a santidade da Torá e a conexão superior que ela representa. Esse ensinamento reforça a ideia de que a conexão com o convênio (por meio da circuncisão) é essencial para o envolvimento nos estudos sagrados da Torá, pois garante que a pessoa esteja espiritualmente preparada e alinhada com o sagrado.
#297
O Rabi Shimon começou com o versículo: “זֹאת חֻקַּת הַפָּסַח כָּל בֶּן נֵכָר לֹא יֹאכַל בּוֹ” “Este é o estatuto da Páscoa: Nenhum estrangeiro comerá dela.” (Êxodo 12:43). E está escrito:
“וְכָל עֶבֶד אִישׁ” “E o servo de cada um…” (Êxodo 12:44), e está escrito, “תּוֹשָׁב וְשָׂכִיר לֹא יֹאכַל בּוֹ” “O estrangeiro e o trabalhador assalariado não comerão dela.” (Êxodo 12:45). E se a oferta da Páscoa, que é meramente carne para consumo, e porque alude a algo sagrado – isto é, porque Hashem passou por cima das ombreiras (no Egito) – é proibido a todos eles (estrangeiros e não circuncidados) comê-la ou dar-lhes de comer até que sejam circuncidados. A Torá, que é o Santo dos Santos, que é o nome supremo do Santo, Abençoado seja Ele – quanto mais é proibido ensiná-los?
Observações:
O Rabi Shimon ressalta que se algo tão simples como a refeição de Páscoa, que é um alimento físico, é restrito devido ao seu significado espiritual, então certamente a Torá, que é infinitamente mais sagrada e diretamente associada ao Nome supremo de Hashem, deve ser ainda mais protegida. A Torá, descrita como “o Santo dos Santos”, representa a sabedoria e a essência divinas de Deus. Portanto, não é apropriado compartilhar os ensinamentos da Torá com aqueles que não estão espiritualmente alinhados com sua santidade, especificamente aqueles que não entraram no pacto por meio da circuncisão.
O Rabi Shimon traça um paralelo entre as restrições sobre quem pode participar da oferta da Páscoa e quem pode se envolver com a Torá, ressaltando a necessidade de prontidão espiritual e santidade antes de interagir com o divino. A Torá não é apenas conhecimento, mas uma entidade sagrada que exige pureza e alinhamento com a aliança para acessá-la adequadamente.
Em nossos tempos, muitos não judeus são atraídos pelo estudo da Torá, e isso frequentemente indica que sua alma tem uma conexão inerente com a alma israelita. Aqueles que buscam estudar a Kaballah para ganho material, no entanto, são naturalmente incapazes de se conectar com sua santidade, pois sua alma não está sintonizada com a profundidade espiritual da Torá e do Zohar. Um não judeu que sente um amor genuíno pelos estudos sagrados tem grande probabilidade de possuir uma alma judaica. Essa conexão interna é frequentemente acompanhada por um desejo de se converter formalmente ao judaísmo.