Zohar Diário #4987 – Lech Lacha – Na sua sombra eu desejei.


Daily Zohar 4987

Holy Zohar text. Daily Zohar -4987

Tradução para Hebraico:

196. פָּתַח רַבִּי אֶלְעָזָר וְאָמַר, (שיר ב) כְּתַפּוּחַ בַּעֲצֵי הַיַּעַר וגו’. כְּתַפּוּחַ – זֶה הַקָּדוֹשׁ בָּרוּךְ הוּא, שֶׁהוּא נֶחְמָד וּמִתְעַטֵּר בִּגְוָנָיו מִכָּל שְׁאָר הָאִילָנוֹת שֶׁאֵין מִי שֶׁדּוֹמֶה לוֹ. רָשׁוּם הוּא מִן הַכֹּל, רָשׁוּם הוּא שֶׁאֵין אַחֵר כְּמוֹתוֹ.
197. מִשּׁוּם כָּךְ בְּצִלּוֹ חִמַּדְתִּי. בְּצִלּוֹ וְלֹא בְצֵל שֶׁל אַחֵר. בְּצִלּוֹ וְלֹא בְצֵל שֶׁל שְׁאָר הַמְמֻנִּים. חִמַּדְתִּי – מָתַי? מִן הַיּוֹם שֶׁהָיָה אַבְרָהָם בָּעוֹלָם, שֶׁהוּא נֶחְמָד וְאָהַב אֶת הַקָּדוֹשׁ בָּרוּךְ הוּא בְּאַהֲבָה, כְּמוֹ שֶׁנֶּאֱמַר (ישעיה מא) אַבְרָהָם אֹהֲבִי. וּפִרְיוֹ מָתוֹק לְחִכִּי – זֶה הוּא יִצְחָק, שֶׁהוּא פְּרִי קָדוֹשׁ.
198. דָּבָר אַחֵר בְּצִלּוֹ חִמַּדְתִּי וְיָשַׁבְתִּי – זֶה יַעֲקֹב. וּפִרְיוֹ מָתוֹק לְחִכִּי – זֶה יוֹסֵף הַצַּדִּיק שֶׁעָשָׂה פֵרוֹת קְדוֹשִׁים בָּעוֹלָם, וְעַל זֶה כָּתוּב (בראשית לז) אֵלֶּה תֹּלְדוֹת יַעֲקֹב יוֹסֵף. שֶׁכָּל אוֹתָם הַתּוֹלָדוֹת שֶׁל יַעֲקֹב [יוֹסֵף שֶׁהוּא שֶׁעוֹשֶׂה תוֹלָדוֹת] [נ”א בְּיוֹסֵף הַצַּדִּיק הֵם עוֹמְדִים, שֶׁעוֹשֶׂה תוֹלָדוֹת כְּעֵין כֻּלָּם] [ד”א שְׁבָטִים], וּמִשּׁוּם כָּךְ נִקְרְאוּ יִשְׂרָאֵל עַל שֵׁם אֶפְרַיִם, שֶׁכָּתוּב (ירמיה לא) הֲבֵן יַקִּיר לִי אֶפְרַיִם וגו’.

Comentário de: Zion Nefesh:
Postado por Zion Nefesh | 29 de outubro de 2025 | Tradução: Jorge Ramos.
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Zohar Lech Lachá
Continuação do ZD anterior.
#196
O Rabi Elazar abriu e disse: כְּתַפּוּחַ בַּעֲצֵי הַיַּעַר—“Como uma macieira entre as árvores da floresta” (Cântico dos Cânticos 2:3). Como uma macieira, este é o Santo, bendito seja Ele, que é desejável e adornado em Suas cores, que são o segredo das três linhas Chesed-Gevurah-Tiferet (חג” ת), consideradas como três cores: branco, vermelho e verde. Que não há ninguém como Ele entre todas as outras árvores, que são os setenta ministros, que se assemelham à santidade como um macaco diante de um homem. Ele se distingue de todos, distinguindo-se por não haver ninguém como Ele. O significado é: Por causa do pecado da Árvore do Conhecimento, a Shekhinah foi atraída para o lado dos setenta ministros, que são o aspecto exterior (חיצוניות) de Zeir Anpin, como é explicado acima (no #191). E, portanto, depois de ser retificada, retornar e se unir a Zeir Anpin, que é chamado de Santo, bendito seja Ele, a Shekhinah disse: “כְּתַפּוּחַ בַּעֲצֵי הַיַּעַר”, “Como uma macieira entre as árvores da floresta”, que não há ninguém como Ele entre os setenta ministros aos quais ela estava anteriormente ligada, e Sua superioridade, que Ele seja exaltado, sobre eles agora é evidente, como a superioridade da luz sobre as trevas.
Observações:
O Rabi Elazar compara o Santo (Zeir Anpin) a uma macieira, adornada com as três cores de חג” ת (branco – Chesed, vermelho – Gevurah, verde – Tiferet), distinta dos setenta ministros. A Shekhinah, atraída por eles pelo pecado da Árvore do Conhecimento, retorna ao zivug de Zeir Anpin após a retificação, afirmando a Sua supremacia.
#197
Por esta razão, בְּצִלּוֹ חָמַדְתִּי—“À Sua sombra eu desejei” (Cântico dos Cânticos 2:3). Pois antes de sua retificação, a Shekhinah estava em outra sombra, isto é, à sombra da figueira. À Sua sombra e não à sombra dos outros designados, isto é, à sombra dos setenta ministros, como é mencionado acima. “חָמַדְתִּי” “Eu desejei”, quando, ele pergunta? À Sua sombra eu desejei, desde quando ela desejou? Pois é impossível dizer que ela sempre desejou, visto que, por causa do pecado, ela se inclinou para os setenta ministros, como mencionado no discurso adjacente. E ele diz: Foi desde o dia em que Abraão veio ao mundo e amou o Santo, bendito seja Ele, com amor, como vocês dizem: אַבְרָהָם אוֹהֲבִי—“Abraão, meu amado” (Isaías 41:8). Então ele retificou a Shekhinah, e ela retornou e se uniu a Zeir Anpin. “וּפִרְיוֹ מָתוֹק לְחִכִּי”, “E o seu fruto é doce ao meu paladar” (Cântico dos Cânticos 2:3), este é Isaac, que é o fruto sagrado de Abraão. O significado é: Pois enquanto ela se inclinava para os setenta ministros, que é o segredo da iluminação da esquerda (Gevurah), ela estava vazia tanto de Chokhmah quanto de Chassadim, como é mencionado acima. E depois que Abraão a retificou para a união com Zeir Anpin, e ela recebeu dele a linhagem direita, que é o segredo dos Chassadim cobertos considerados como sombra, então a linhagem esquerda, que é o segredo da iluminação de Chokhmah revestida nos Chassadim da direita, também começou a brilhar nela. E descobre-se que a iluminação de Chokhmah está no aspecto de fruto e descendência da linhagem direita. Pois ela não podia brilhar antes disso. E este é o segredo de “אַבְרָהָם הוֹלִיד אֶת יִצְחָק”, “Abraão gerou Isaac” (Gênesis 25:19).*
Observações:
O amor de Abraão retificou a Shekhinah (Malchut), atraída pelos os setenta ministros (externos, Gevurah) após o pecado, restaurando sua união com Zeir Anpin. Isaac — o “fruto” — emerge desta união.
#198
Outra interpretação: “בְּצִלּוֹ חָמַדְתִּי וְיָשַׁבְתִּי”, “À sua sombra desejei e me sentei” (Cântico dos Cânticos 2:3). Este é Jacó, que é o segredo da linha do meio, pois, como ele reina no aspecto do masach de chirik (וִ), que diminui a estatura, ele é, portanto, considerado como sombra e no aspecto de estar sentado. “E o seu fruto é doce ao meu paladar” (Cântico dos Cânticos 2:3), este é José, que é o segredo de Yessod, que produziu frutos sagrados no mundo, isto é, almas. E, portanto, está escrito: “Estas são as gerações de Jacó, José” (Gênesis 37:2). Pois todas essas gerações de Jacó se manifestam através de José, o Tzaddik, que é o aspecto de Yessod de Jacó. E por esta razão, Israel é chamado pelo nome de Efraim, como está escrito: “הַבֵּן יַקִּיר לִי אֶפְרַיִם”, “Efraim é meu querido filho?” (Jeremias 31:20).
Observações:
Jacó (Tiferet, צל, sombra) e José (Yessod, fruto) sustentam almas santas através da união, nomeada em homenagem a Efraim (הַבֵּן יַקִּיר), continuando a retificação divina de Abraão.

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