Tradução para Hebraico:

Comentário de: Zion Nefesh:
Postado por Zion Nefesh | 18 de julho de 2025 | Tradução: Jorge Ramos.
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Zohar Beresheet
Continuação do ZD anterior.
#253
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[] É de fato certo que elas são as “pedras de mármore puro” das quais emergem águas puras. Elas são insinuadas pelos dois Yuds (י) na forma do Alef (א) — um Yud na cabeceira e outro na base. O Vav (ו) no meio do Alef, inclinado entre os dois Yuds, é a Árvore da Vida, da qual se diz: “וָחַי לְעוֹלָם” “Quem dela comer viverá para sempre”. Esses dois Yuds são mencionados no versículo “Vayitzer” (וַיִּיצֶר) — “E Ele formou” — que é escrito com dois Yuds, indicando duas formações: a formação dos Mundos Superiores e a
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formação dos Mundos Inferiores. São os dois Yuds encontrados no início e no final do Nome “YHVH ADNY” (יאהדונה” י) — simbolizando Chochmá (Sabedoria) no início do Nome e Chochmá no final do Nome. São chamados de “Segredos da Sabedoria” (תעלומות חכמה) porque estão ocultos na Sabedoria Suprema, sob a Coroa Suprema (כֶּתֶר עֶלְיוֹן).
#254
E eles (os dois Yuds) correspondem aos dois olhos, dos quais descem duas lágrimas para o Grande Mar. Pois Chochmá (Sabedoria) é chamado de “olhos”, o olho direito corresponde à Chochmá Suprema. O olho esquerdo corresponde à Chochmá Inferior. Por que as lágrimas caíram? Porque destas duas Tábuas, Moisés trouxe a Torá a Israel — A Tábua da direita representa Biná, a da esquerda representa Malchut. Estas são como os dois olhos. Mas Israel não era digno delas, porque se quebraram e caíram — ou seja, devido ao pecado do Bezerro de Ouro, como está escrito: “וַיְשַׁבֵּר אֹתָם תַּחַת הָהָר” “E ele as quebrou ao pé da montanha” (Êxodo 32:19). Esta quebra causou a destruição do Primeiro e do Segundo Templos, pois ambos derivaram das duas Tábuas: O Primeiro Templo da Tábua da direita — Chochmá Celestial (Bina), o Segundo Templo da Tábua da esquerda — Chochmá Inferior (Malchut). Assim, o dano causado pela quebra das Tábuas levou a ambas as destruições. É por isso que duas lágrimas caíram no Grande Mar — elas simbolizam as duas destruições causadas pela quebra da primeira. Tábuas.
Por que as Tábuas se quebraram? Porque o Vav (ו) fugiu delas — o Vav de “Vayitzer” (וַיִּיצֶר).
Explicação (Hasulam): Os dois Yuds em “Vayitzer” correspondem aos dois Yuds do Alef (א), que são as duas Tábuas. O Vav, inclinado entre elas, representa a Árvore da Vida, como explicado anteriormente. Inicialmente, quando Israel corrigiu o pecado da Árvore do Conhecimento e a impureza da Serpente cessou, eles mereceram as Tábuas (os dois Yuds) e a Árvore da Vida (o Vav) entre elas, que garantiram a liberdade do Anjo da Morte. Mas, por causa do pecado do Bezerro de Ouro, eles arruinaram essa correção — a Árvore da Vida (Vav) partiu, a mancha da Árvore do Conhecimento retornou e o Anjo da Morte retomou o domínio. Assim, as Tábuas — integradas à Árvore da Vida — quebraram e caíram. Deus então lhes deu outro conjunto de Tábuas, do lado da Árvore do Conhecimento do Bem e do Mal, de onde a Torá foi dada através do caminho do “permitido e proibido” (אִסּוּר וְהֶתֵּר) — Da direita: Vida, Da esquerda: Morte. Como disseram os Sábios (Shabat 88b): “למיימינין בה סמא דחיי, למשמאילים בה סמא דמותא” “Para aqueles que vão para a direita — uma poção da vida; para aqueles que vão para a esquerda — uma poção da morte.”
Observações:
A quebra das primeiras Tábuas não foi apenas um evento histórico — significou a perda da conexão espiritual definitiva entre Hashem e Israel. A Árvore da Vida — simbolizada pelo Vav — foi perdida devido ao pecado, levando ao domínio do Anjo da Morte e à subsequente destruição do Primeiro e Segundo Templos.
A Torá dada posteriormente carregava uma natureza dupla — vida ou morte — dependendo de como era abordada. Isso nos ensina que a pureza da conexão com o divino depende da prontidão espiritual interior e que a Torá é fonte de vida somente quando abordada com intenção pura.
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