Zohar Diário # 4911 – Beresheet – Katnut e Gadlut.


Daily Zohar 4911

Holy Zohar text. Daily Zohar -4911

Tradução para Hebraico:

256. דָּבָר אַחֵר וְנָהָר יֹצֵא מֵעֵדֶן – בְּוַדַּאי לְמַעְלָה בְּעֵץ הַחַיִּים שָׁם אֵין קְלִפּוֹת נָכְרִיּוֹת. זֶהוּ שֶׁכָּתוּב (תהלים ה) לֹא יְגוּרְךָ רָע. אֲבָל בָּעֵץ שֶׁלְּמַטָּה יֵשׁ בְּוַדַּאי קְלִפּוֹת נָכְרִיּוֹת, וְהוּא נָטוּעַ בְּגַן עֵדֶן שֶׁל זְעֵיר אַנְפִּין, שֶׁהוּא חֲנוֹךְ, מטטרו”ן, שֶׁגַּן הָעֵדֶן הָעֶלְיוֹן שֶׁל הַקָּדוֹשׁ בָּרוּךְ הוּא אֵין שָׁם עִרְבּוּב שֶׁל קְלִפּוֹת לִהְיוֹת שָׁם נִפְתָּל וְעִקֵּשׁ. וּבִגְלַל זֶה וְנָהָר יֹצֵא מֵעֵדֶן וְגוֹ’, וְיָכֹלְנוּ לוֹמַר בְּמטטרו”ן יֹצֵא מֵעֵדֶן – מֵעִדּוּן שֶׁלּוֹ. לְהַשְׁקוֹת אֶת הַגָּן – הַגָּן שֶׁלּוֹ, הַפַּרְדֵּס שֶׁלּוֹ שֶׁנִּכְנְסוּ לְשָׁם בֶּן עַזַּאי וּבֶן זוֹמָא וֶאֱלִישָׁע. וּקְלִפּוֹת שֶׁלּוֹ מִצַּד זֶה טוֹ”ב וּמִצַּד זֶה רַע. וְזֶה אִסּוּר וְהֶתֵּר, כָּשֵׁר וּפָסוּל, טֻמְאָה וְטָהֳרָה.
257. עָמַד זָקֵן אֶחָד וְאָמַר, רַבִּי רַבִּי, כָּךְ זֶה וַדַּאי! אֲבָל עֵץ הַחַיִּים הוּא לֹא נִקְרָא. אֶלָּא כָּךְ הוּא סוֹד הַדָּבָר, וַיִּיצֶר – יְצִירָה אַחַת לְטוֹב וִיצִירָה אַחַת לְרָע. זֶה עֵץ הַדַּעַת טוֹב וָרָע. עֵץ זֶה אָדָם קָטָן, מִצַּד הַחַיִּים מִמֶּנּוּ וּמִצַּד הַמָּוֶת מִמֶּנּוּ. שָׁם שְׁתֵּי יְצִירוֹת שֶׁלּוֹ שֶׁהֵם אִסּוּר וְהֶתֵּר, וְעָלָיו נֶאֱמַר וַיִּיצֶר ה’ אֱלֹהִים אֶת הָאָדָם עָפָר מִן הָאֲדָמָה.

Comentário de: Zion Nefesh:
Postado por Zion Nefesh | 21 de julho de 2025 | Tradução: Jorge Ramos.
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Zohar Beresheet
Continuação da ZD anterior.
#256
Outra explicação sobre o versículo “וְנָהָר יֹצֵא מֵעֵדֶן” “E saía um rio do Éden” (Gênesis 2:10): De fato, com relação à Árvore da Vida superior, ou seja, Zeir Anpin de Atzilut, não há klipot estrangeiras – como está escrito: “לֹא יְגוּרְךָ רָע” “O mal não habitará em ti” (Salmos 5:5) – porque as klipot só começam no mundo de Beriah, que está abaixo de Atzilut. Entretanto, na árvore inferior – ou seja, no mundo de Beriah – certamente há klipot estrangeiras. Essa árvore está plantada no Jardim do Éden de Zeir Anpin, abaixo, que se refere a Z’A de Beriah. E essa árvore é chamada de Chanoch (Enoque) ou Metat-on, pois no Jardim do Éden superior, pertencente ao Santo, bendito seja Ele – isto é, o Jardim do Éden de Atzilut – não há klipot alguma, nada torcido ou perverso. Portanto, é dito a respeito dele: “E um rio saía do Éden…” (Gênesis 2:10) – esse rio se refere a Metaton, “saiu do Éden” – o que significa que ele recebe de seu deleite, que são os Mochin de Imma (Mãe/Binah). Pois Binah é chamada de Éden, “para regar o jardim” – este é o jardim de Metat-on, seu jardim (פרדס), isto é, Malchut de Beriah – o lugar onde Ben Azzai, Ben Zoma e Eliseu (Acher) entraram (Hagigá 14b). E as klipot de Metat-on estão misturadas – o bem de um lado e o mal do outro. E é por isso que na Torá há conceitos como: (אִסּוּר וְהֶתֵּר, כָּשֵׁר וּפָסוּל, טֻמְאָה וְטָהֳרָה) proibição e permissão, kosher e inválido, impuro e puro – tudo por causa dessa mistura nesse nível.
Observações:
O Zohar ensina que a pureza e a impureza espirituais estão enraizadas em mundos distintos. Em Atzilut (o reino mais elevado), há apenas unidade e santidade; não há conceito de impureza ou dualidade. Abaixo de Atzilut, começando em Beriah, a impureza começa a existir. Metat-on simboliza essa realidade mista – um canal que carrega tanto influências boas quanto más.
Esse entendimento explica por que a Torá revelada contém leis de permitido e proibido, bem como de puro e impuro – isso reflete a natureza desse reino misto, onde ocorre a maior parte da interação humana com a Torá. Entretanto, as verdades mais elevadas da Torá – a “Árvore da Vida” – permanecem intocadas pela impureza. Esse conceito também é encontrado no Midrash Tanchuma, onde se afirma: “A Torá é dada com vida e morte – para aqueles que se envolvem com ela em prol do Céu, ela é uma poção de vida; para aqueles que não o fazem, ela se torna uma poção de morte.” E na Hagigá 14b, onde os sábios falam sobre a entrada nos Pardes, apenas o Rabi Akiva entrou em paz e saiu em paz, enquanto outros foram prejudicados, refletindo seu encontro com forças espirituais mistas.
#257
Um ancião se levantou e disse ao Rabi Shimon: “Rabi, Rabi, isso é realmente verdade – que não há klipot em Atzilut, mas elas existem em Beriah. Entretanto, Metat-on não é chamada de Árvore da Vida. Significado: Ele questionou as palavras de Rabi Shimon – se você explicar que o Jardim do Éden mencionado no versículo se refere ao Jardim de Beriah, então como você explicará o versículo: “E a Árvore da Vida estava no meio do Jardim” (Gênesis 2:9)? Certamente, no Jardim de Beriah, não há Árvore da Vida, e Metatron não é a Árvore da Vida, pois dentro dele há tanto o bem quanto o mal (טוב ורע). Em vez disso, o segredo da questão é o seguinte: O versículo ‘E Ele formou (וייצר)’ (Gênesis 2:7) – escrito com dois Yuds (יי) – sugere duas formações: Uma é a formação do bem, e a outra é a formação do mal. E isso se refere à Árvore do Conhecimento do Bem e do Mal (עץ הדעת טוב ורע) – que contém essas duas formações. A Árvore do Conhecimento se refere ao homem menor (אדם הקטן) – ou seja, quando uma pessoa está em um estado de pequenez de Mochin (Katnut, קטנות, estado de consciência restrita), então tanto a vida quanto a morte derivam dela – a vida por meio do permissível e a morte por meio do proibido. Esses dois aspectos – vida e morte – vêm do Mochin de katnut (consciência pequena) dentro do homem. Por isso, ela é chamada de Árvore do Conhecimento do Bem e do Mal, e é por isso que se diz sobre esse homem (em um estado de katnut): ‘E o Deus YHVH formou (וייצר) o homem…’
Observações:
Esse ensinamento enfatiza que a maturidade espiritual (גדלות, gadlut) se alinha com a pura consciência divina, enquanto a imaturidade espiritual (קטנות, katnut) leva à dualidade e à queda em potencial.

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