Tradução para Hebraico:

Comentário de: Zion Nefesh:
Postado por Zion Nefesh | 28 de março de 2025 | Tradução: Jorge Ramos.
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Zohar Pekudei
Continuação do ZD anterior.
#102
E as Heichalot (palácios) não são luzes, nem espíritos (ruchot), nem almas (neshamot), e não há ninguém que possa permanecer dentro delas. A vontade (רצון, ratzon) de todas as nove luzes, que estão todas no nível do “Pensamento” – que é uma delas por número, significando a inter-inclusão das três cabeças de Arich Anpin (A”A) uma dentro da outra, no local de Chokhmah oculto (חכמה סתימאה) (Sabedoria oculta) de Arich Anpin, que é chamada de “Pensamento” e é uma das três Cabeças de Arich Anpin – a vontade de todos eles é perseguir as Nove Heichalot de רדל” א (Radl” a), para compreendê-las, enquanto elas (as nove luzes) que ainda estão dentro do “Pensamento”, i. e., enquanto elas (as nove luzes) ainda estão dentro do “Pensamento” i.e., Chokhmah oculto. Isto é, as nove luzes, que são a interinclusão das três Cabeças de A”A, residindo no lugar do Chokhmah Oculto, e enquanto são encontradas nas oito sefirot que estão fora do Radl “a, elas desejam alcançar as Nove Heichalot que estão no Radl “a.
A razão é que todos os seus Mochin são recebidos dessas Nove Heichalot. Mas eles não os alcançam e não são conhecidos porque elas (as Heichalot) não são compreendidas nem pela vontade nem pelo pensamento superno. Eles recebem delas Mochin, mas não as compreendem porque estão além da compreensão. Nessas (Heichalot) está todo o segredo de Emunah. E todas essas luzes, a partir do segredo do Pensamento Superno – que é a Chokhmah Oculta, que está abaixo de Radl” a -, são chamadas de Ein Sof, porque até esse ponto as luzes podem alcançar, mas não alcançam, e não são conhecidas. Não há vontade nem pensamento aqui, porque essa Chokhmah Oculta está selada e não ilumina de forma alguma os mundos inferiores.
Observações:
Essa passagem nos ensina que as maiores verdades espirituais não podem ser alcançadas por meio do intelecto ou da vontade, mas somente por meio da fé, do temor e da humildade na presença do Infinito. As Heichalot são reais, mas intocáveis, e é isso que as torna a fonte de toda a consciência divina superior.
#103
Quando a Cabeça de Arich Anpin (A “A) – chamada de “Machshavah” (Pensamento) – brilha, isso ocorre no momento em que o poder da Parsa é anulado, o que devolve Binah e suas partes inferiores (Interna (תוך) de Malchut) de volta a ela, e traz consigo também o nível inferior, que é Aba e Ima e Yisrael Saba e Tvunah. Mas não se sabe de onde essa luz brilha, porque a Machshavah (pensamento) de A “A é incompreensível, conforme foi explicado acima. Em seguida, a sua luz é envolvida e selada dentro de Binah, porque Binah não pode receber Chochmah sem Chassadim. Portanto, a luz é selada dentro dela (Binah). Depois disso, ela brilha para quem quer que brilhe, o que significa que os Chassadim brilham e se interincluem uns com os outros – a Chochmah e os Chassadim se integram uns com os outros até que todos sejam incluídos juntos. Então, eles iluminam todos os Partzufim (configurações divinas) de Atzilut.
Isso já foi explicado. E no segredo do sacrifício (קרבן, korban): quando tudo ascende – ou seja, quando Binah e Tiferet e Malchut em cada nível ascendem ao seu nível, e elevam com eles também os elementos inferiores que caíram nele, então eles se conectam uns com os outros e iluminam uns aos outros, porque cada nível inferior ascende ao superior e se une a ele e, por meio disso, recebe o Mochin do superior. Assim, todo nível inferior se liga ao superior e todo superior ilumina o inferior. Nesse momento, todos os níveis estão em ascensão para o superior. E o Machshavah (Pensamento), que é o segredo de Arich Anpin, ascende e é coroado em Ein Sof, que é Radl” a, e fica ligado a Radl” a no segredo da ascensão e, portanto, brilha dentro dele. Essa mesma luz, da qual o Pensamento Superno (A “A) recebe a sua iluminação – a saber, Radl “a – é chamada de Ein Sof.
Observações:
O segredo do sacrifício.
O conceito de “ascensão” por meio de um sacrifício é uma metáfora espiritual. Quando cada nível se eleva à sua raiz, ele puxa consigo os elementos inferiores que caíram nele (devido à ruptura ou ao exílio espiritual). Isso leva à conexão e à iluminação mútua: O inferior fica ligado ao superior, e o superior irradia seu Mochin para o inferior. Esse processo culmina na unificação total e na ascensão harmonizada.
A luz divina começa em Radl” a (Ein Sof) e flui para baixo através de Arich Anpin (Machshavah, pensamento), mas somente através da anulação da separação (Parsa) e da elevação de todos os níveis inferiores. A luz é selada em Binah até que Chochmah seja integrada a Chassadim e, então, ilumina toda Atzilut. Cada elevação atrai os níveis inferiores com os superiores, criando uma cadeia unificada de iluminação. O sacrifício simboliza esse processo de ascensão e elevação. Por fim, o Machshavah (pensamento, A “A) é coroado e iluminado por Ein Sof (Radl “a).
Essa linda passagem nos ensina como a ascensão espiritual, a unificação e a anulação da separação levam ao fluxo da luz divina infinita. Ela também nos lembra que Ein Sof é a fonte, mas é acessada somente por meio de conexão, humildade e elevação.
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